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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Greve entra no segundo dia na Grécia após aprovação de acordo


Os sindicatos gregos fazem neste sábado o segundo dia de greve geral, o terceiro período de paralisação em uma semana, contra o acordo de ajuste financeiro pedido por negociadores estrangeiros para conceder um empréstimo de 130 bilhões para o pagamento da dívida do país.

O transporte público não circula em Atenas e os portos gregos estão fechados desde sexta-feira (10), parando a carga e descarga de navios e a circulação de balsas para as diversas ilhas do país. Segundo o principal sindicato grego, o GSEE, os dois setores tiveram 100% de adesão à greve na sexta.

Em outras áreas, a paralisação foi parcial. Os serviços de saúde funcionam apenas para emergência, enquanto os aeroportos funcionam pela não participação dos controladores de voo na greve.

Cerca de 20 mil pessoas, de acordo com a polícia e a organização, participaram das manifestações no centro de Atenas e o sindicato convocou um novo ato próximo ao Parlamento, às 17h locais (13h em Brasília), para protestar contra as medidas aprovadas pelo governo na noite de sexta.

Louisa Gouliamaki/France Presse
Partido comunista coloca faixas contra acordo de negociadores europeus e do FMI para pagamento da dívida grega
Partido comunista coloca faixas contra acordo de negociadores europeus e do FMI para resgate grego

MEDIDAS ECONÔMICAS
O acordo ainda passará por votação no Parlamento grego, no próximo domingo (12). A previsão é que sejam cortados € 325 milhões nas despesas públicas neste ano para pagar os juros da dívida do país.

Para conseguir chegar ao acordo, o país terá de reduzir o salário mínimo em 22%, fechar 150 mil postos de trabalho e reduzir e cancelar pensões e aposentadorias.

As medidas são as mesmas divulgadas após a reunião com membros da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do FMI (Fundo Monetário Internacional), na última quinta (9), em que exigiram a aplicação do plano para garantir o resgate.

Os recursos são a única forma de evitar a falência do país, que está programada para o dia 20 de março, quando os gregos não terão condições de pagar a dívida com credores privados e públicos.

Na sexta (10), o primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, afirmou que não poderia deixar a Grécia "ir à falência" e afirmou que vai fazer o necessário para aprovar o novo pacote econômico e conseguir o novo empréstimo europeu.

"Não podemos permitir que a Grécia vá a falência", afirmou após uma reunião do gabinete do governo. "Nossa prioridade é fazer o que for necessário para aprovar o novo pacote econômico e conseguir o novo contrato de empréstimo", afirmou.

O premiê disse ainda que, caso não seja aprovado o acordo, a Grécia pode entrar em "caos descontrolado" na economia e "explosão social".

De acordo com Papademos, uma das medidas que deverão ser obtidas com o plano é a economia de 4,5% do PIB do pais para o pagamento de juros da dívida, o chamado superávit primário. A Grécia ainda poderá sair da recessão em 2013, caso cumpra com a austeridade financeira, com um crescimento previsto de 2,5% em 2014 e 2015.

Fonte: Folha de São Paulo

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