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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Alunos tropeçam quando o assunto é matemática

A maioria dos alunos de Rio Preto termina o ensino fundamental sem saber quase nada de  matemática. Pelo menos é o que aponta estudo divulgado na terça-feira  pelo “Movimento Educação Para Todos”.
Apenas 15,8% dos estudantes matriculados na 9ª série do Ensino Fundamental sabem o mínimo esperado sobre a disciplina como contas, tabuadas e frações. O número alarmante  está pouco acima da média nacional, de 14,8%, e  abaixo da  estadual, de 16,3%.
O estudante Carlos  Paes Soares, 14 anos, faz parte dessa estatística. Ele afirma, sem papas na língua, que odeia a disciplina e não aprendeu quase nada de matemática no Ensino Fundamental. “As aulas eram chatas e tem muitas contas. Sou melhor em português, mas prefiro as aulas de geografia”, disse ele.
Segundo a coordenadora do “Movimento  Educação Para Todos”, Andréa Bergamaschi, os números refletem a baixa qualidade do ensino oferecido nas escolas, que é consequência direta da deficiência na formação de professores, principalmente, de  matemática.
“Esta diferença de aprendizado entre português e matemática é percebida  em todo país desde a fase de alfabetização dos estudantes. Mais do que uma dificuldade para aprender, existe uma dificuldade para ensinar matemática”, disse ela.
O estudo inclui as redes públicas e particulares e revela ainda que, na 5ª série do Ensino Fundamental, a situação é um pouco melhor. Tanto em matemática como em português, 54,8% dos alunos tiveram o aprendizado desejado para série. A escala foi estabelecida pelo movimento a partir dos resultados obtidos nas provas do  Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), aplicadas pelo Ministério da Educação  em 2009.
Segundo Andréa é preciso investir mais nos professores e na infraestrutura das escolas. “O professor é a peça chave para melhor a qualidade do ensino no país. É preciso investir na capacitação desse profissionais, melhorar as condições de trabalho e, claro, pagar um salário mais justo para essa categoria”, disse ela.
Outro Lado /Se por um lado há quem torça o nariz para matemática, do outro, há estudantes que são apaixonados pelo universo dos números. Este é o caso da estudante Jéssica Casagrande dos Santos, de 14 anos. “Adoro fazer contas e procuro aplicar o conhecimento que aprendi em sala de aula no dia a dia”, disse ela. Outro motivo para a aluna gostar da disciplina é a dedicação do professor João Batista da Silva, de 54 anos.
Há 25 anos, ele ensina matemática no Ensino Fundamental e acrescentou uma boa dose de criatividade para atrair a atenção dos alunos durante as explicações. Um dos métodos usados pelo professor é ensinar frações através de um dominó feito de E.V.A (Etileno Vinil Acetato), um tipo de borracha.
“A principal missão do professor é ensinar e ao mesmo tempo conseguir entreter o aluno. Cria-se um vínculo de amizade  e isso é fundamental para fluir  o processo ensino-aprendizagem”, disse. O professor leciona na Escola Estadual Alzira Valle Rollemberg e vira e mexe cria metodologias para quebrar a rotina de lousa e giz. “Apesar de ter de seguir as apostilas dadas pelo estado, sempre tem como criar uma aula mais interessante para  atrair o aluno”, disse.
Professores“É preciso investir na capacitação dos professores, melhorar as  condições de trabalho e, claro, pagar um salário mais justo para essa categoria”, Andrea Bergamaschi, coordenadora do Movimento Educação Para Todos.
3,8 milhões é o número de crianças e jovens brasileiros entre 4 e 17 anos que estão fora das escolas, de acordo com  estudo divulgado na terça-feira  pelo “Movimento Educação Para Todos”. O estudo tem como base avaliação aplicada pelo MEC em 2009.

Fonte: Rede Bom Dia

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