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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ver uma luta em ao vivo E em 3D é sensacional

A ESPN organizou um ringue de boxe dentro da CES nesta quinta e colocou gigantescos cartazes por todo o Centro de Convenções. Eu que nunca vi uma luta profissional ao vivo me apressei para chegar lá e encontrei uma multidão na minha frente. Não dava pra ver muito dos boxeadores em si, mas aí uma mulher me deu um óculos que parecia de sol e eu olhei para uma das TVs. De repente, um 3D impecável, como em Avatar. Os caras magrelos trocando socos com profundidade, as cordas em primeiro plano, a definição perfeita que me permitia ver a cara de esgotamento do adversário. O round acabou e eu não havia olhado para a luta de verdade, fixado na TV. Porque eu vi ali um pedaço do futuro.

O futuro é em 3D? Não totalmente. Chegaremos lá. Eu continuo acreditando firmemente que os eventos esportivos serão o grande chamariz da tecnologia, mas não tinha atentado para a possibilidade do “3D ao vivo”. Você provavelmente já foi a algum show e ficou longe do palco, passando quase que o tempo todo assistindo o telão, certo? O que importa ali não é tanto ver o show, mas sim sentir aquela emoção coletiva de cantar junto e tal. Acompanhar uma luta como eu fiz hoje me fez sentir algo parecido.

É bem verdade que a maioria tentava ver o ringue, mas poucos tiravam os óculos. Um dos motivos é que a tecnologia empregada era passiva (as TVs, da Vizio), e eles eram leves e pouco escuros o suficiente para ninguém se importar. Ponto para a tecnologia propagandeada pela LG: em eventos públicos onde todo mundo deve acompanhar telões em 3D, é mais fácil distribuir óculos baratinhos, basicamente iguais aos de cinema. A sensação de profundidade era excelente, a imagem não muito escura. Se a definição não era exatamente Full HD (como criticam os favoráveis aos óculos ativos) é difícil avaliar. Pareceu nítido o suficiente a uma distância saudável da tela.

Mas deixemos detalhes e voltemos à emoção da coisa. O mais legal foi que no intervalo a maior parte da plateira virava para apreciar os melhores momentos em todas as dimensões nas TVs. E quando a gente viu o replay do superpena Jonathan Alcantra nocautear Esteban Nichol em 19 segundos do primeiro round da segunda luta rolou um UUUUHHH quase tão grande quanto o que o pessoal soltou ao vivo. Porque ali, em 3D e slow motion, vimos como que o cruzado pegou em cheio, vimos o arco, o braço saindo da tela e entrando de novo, afundando a cara do pobre. E instintivamente o povo sentiu a dor. Sabe aquela história de imersão? É isso. Boxe em 3D. Em slow motion.

Desde as primeiras demos que vi, a tecnologia para captação melhorou muito. Com apenas 4 câmeras (duas que podiam ser levadas no ombro) da Sony e uma mesa de pós-produção ali mesmo no evento, uma equipe de 6 pessoas deu conta de tudo. E com essa facilidade a programação da ESPN em trêsdê só aumenta: a emissora já transmitiu 39 partidas de futebol americano totalmente em 3D e até o final do ano terá um canal fixo nos EUA com a programação. Na casa das pessoas, canais esportivos serão um dos maiores motivos para optar por uma TV 3D. Mas não acho que o futuro do 3D será só doméstico.

Acho que eventos ao vivo em 3D podem fazer bastante sentido. Para convencer as pessoas a saírem de casa e pagarem um pouco mais caro para o ingresso de uma luta, por que não? Eu achei o máximo. Ou em um show. Imagina se o Roger Waters decide incluir uns efeitos maluquíssimos que você vê em 3D? Há várias possibilidades. Mas a mais próxima mesmo é algum bar comprar uma TV 3D, distribuir vários óculos baratinhos e vender entradas/consumação para acompanhar, sei lá, a final da Champions (que foi transmitida em 3D já em 2011). Se nenhum boteco em São Paulo comprar a ideia, você aí que foi um early adopter da tecnologia já pode recuperar um pedaço do investimento fazedo algo parecido nas Olimpíadas. Cinco Reais dos amigos mais a birita, por que não?
Fonte: Gizmodo

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