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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Gordinhos terão ajuda pra emagrecer em Rio Preto

Em quase 40 anos, o número de crianças e adolescentes acima do peso cresceu 18% (de 3,7% para 21,7% do total) em todo o país, segundo dados de 2009 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Essa é um preocupação que atinge pais, médicos e autoridades públicas. Com essa visão, o governo federal decidiu, na segunda-feira, intensificar ações de promoção à saúde, prevenção e controle da obesidade em 535 escolas públicas de São Paulo, em 44 cidades.
   
Rio Preto é um dos municípios que receberão verba de R$ 67 mil do governo Dilma por fazer parte do programa Saúde da Escola. 10 escolas - nomes ainda não divulgados - receberão o programa. O total destinado para as cidades paulistas é de R$ 1,5 milhão.

Serão liberados, ainda nesse primeiro bimestre do ano, 70% do valor total. Os 30% restantes serão pagos em dezembro deste ano, após prestação de contas das ações em desenvolvimento, segundo o Ministério da Saúde.

Conscientização
A fisioterapeuta Ellen Donato ensina ao filho de 2 anos e 7 meses, Eduardo Donato Colletes, como se alimentar melhor para, segundo ela, não ter problemas de obesidade e má alimentação no futuro. Hoje, o pequeno Eduardo já sabe escolher quais alimentos fazem bem para saúde.

Para a nutricionista Natália Moreira, a iniciativa de Ellen é válida para que a criança não fique acima do peso já na infância (veja na página 3 comparação da alimentação de crianças nos anos 1970 e nos dias de hoje). “A obesidade pode ser reversível, mas se causar variações hormonais ou outras alterações patológicas, o paciente pode necessitar de medicamentos”, comenta Natália.

A nutricionista alerta também para problemas emocionais causadas pela obesidade infantil. “A criança obesa pode se tornar um adulto com transtornos emocionais, devido a sofrimentos na infância, tendo  necessidade de tratamento psicológico”, diz.

Saúde da Família
As ações serão desenvolvidas por equipes de Saúde da Família ligadas à Unidade de Saúde Básica (UBS). “A manutenção do peso desde a infância é um dos principais fatores para a prevenção de doenças na fase adulta”, afirma a coordenadora do Programa Saúde da Família, Raquel Turci.

Rio Preto tem 1 mil crianças acima do peso, segundo a prefeitura
De 9,2 mil crianças avaliadas em Rio Preto, cerca de mil (mais de 10%) estão acima do seu peso ideal, segundo informou a Secretaria de Saúde, por meio da Secretaria de Comunicação. Destas, 4,9% (ou 453 crianças) são consideradas obesas. Outras 6,6% apresentam sobrepeso.

Uma das respostas para o número de crianças acima do peso é a falta de exercícios físicos, como explica a nutricionista Natália Moreira.
“A criança além de reduzir o gasto energético esta consumindo mais calorias, ou seja ao invés de gastar energia está poupando e comendo mais, o que faz a energia dos alimentos se converter nos quilos extras”, afirma ela.

Outro fator é o consumo de alimentos inadequados dentro das escolas. Segundo Natália, antes, “os alunos levavam sanduíche e uma fruta ou suco natural. Hoje, os alunos, principalmente os adolescentes, têm vergonha de levar lanches e optam por adquirir sua refeição escolar nas cantinas”.

Em escolas do estado de São Paulo, as cantinas não existem e as crianças se alimentam através da merenda. Porém nos colégios particulares, ainda há cantinas, que vendem produtos industrializados aos estudantes. “A maioria dos alimentos industrializados vendidos nas cantinas são ricos em sódio, gordura trans, gorduras saturadas e açúcar, e pobres em fibras. Já os lanchinhos de antigamente eram ricos em vitaminas, fibras e livrem de gorduras”, comenta Natália.

Uma criança acima do peso corre o risco de desenvolver diabetes, hipertensão, cardiopatias, problemas emocionais (baixa autoestima, ansiedade, nervosismo e até depressão). A obesidade pode ainda ter correlação com variações hormonais, segundo A Organização Mundial da Saúde.

Fonte: Rede Bom Dia

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