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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Desvende o espetáculo das areias nos Lençóis Maranhenses

Um extenso deserto de areia, vento e sol. Os Lençóis Maranhenses realmente impressionam, não só pelo tamanho, equivalente à área da cidade de São Paulo, mas pela beleza única e poderosa.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, repleto de dunas e lagoas, é considerado o maior deserto do Brasil, que nasceu da combinação do leito arenoso do Rio Preguiças, com os ventos que, naquele trecho do litoral do Maranhão, sopram na direção do continente, jogando as areias de volta para o interior.

As dunas dos Lençóis avançam 50 km continente adentro e cercam uma praia deserta com 70 km de extensão, que recebe nomes variados: Capivara, Guajiru, Bon­zinho, Rio Negro e Travosa. Algumas dunas chegam até aos 40 metros de altura, ainda que estejam em constante mutação graças ao vento forte.

Tudo começa em Barreirinhas
O ponto de partida para uma viagem aos Lençóis Maranhenses é a capital, São Luís, que está a 250 km, ou cerca de três horas de carro, de Barreirinhas, cidade às portas do parque nacional.  Barreirinhas conta com um pequeno aeroporto, o qual ainda não está autorizado pela Anac a receber vôos.

A cidade está às margens do Rio Preguiças, onde traineiras de pesca navegam entre lanchas que levam os turistas para passeios.  Não fossem os muitos quadriciclos e jipões que circulam pelas ruas, muitas delas sem calçamento, nem se notaria a vocação turística de Barreirinhas.

Por lá, não há uma grande oferta de meios de hospedagem de qualidade, com duas boas exceções: o Solare Lençóis Resort e o Porto Preguiças Resort.

Rumo aos Lençóis
Os passeios que saem de Barreirinhas rumo aos Lençóis Maranhenses são feitos em jipes do tipo pau-de-arara, com bancos na carroceria. Esses, após atravessarem de balsa o Rio Preguiças, seguem por estradinhas de areia sem sinalização até o início do trecho de dunas. Para fazer o passeio é preciso contratar as agências locais.

Os jipes partem todos os dias em direção às duas lagoas mais próximas, a Azul e a Bonita. O parque nacional não conta com nenhuma infraestrutura para receber os visitantes, para comprar bebidas e descansar na sombra só é possível ao lado do estacionamento onde os jipes param, antes do início da caminhada pelas dunas.

Na chegada à Lagoa Bonita, depois que o jipe para ao pé da duna, basta escalar o morro de areia para dar de cara com o espetáculo de sucessivas dunas, que fazem lembrar o Deserto do Saara, com a diferença de que há espelhos d’água azulados entre cada uma delas.

Uma caminhada de poucos minutos termina ao lado da lagoa, onde não se perde tempo para cair na água morna e cristalina, que rende um banho relaxante. Na Lagoa Azul, a paisagem é praticamente idêntica, tanto em um roteiro quanto no outro, prefira ir à tarde para poder assistir ao magnífico pôr do sol.

De barco pelo Rio Preguiças
Outra forma de explorar a região dos Lençóis é embarcar em uma das lanchas voadeiras que descem o Rio Preguiças quase até a foz e fazem parada em três comunidades ribeirinhas, com muitos manguezais e buritis às margens do caminho.

Próximo à foz do rio é feito um pit stop para almoço no restaurante da Pousada Porto Buriti, em Caburé. É a oportunidade para provar um prato típico, o arroz de cuxá, preparado com camarão seco, gergelim e vinagreira, uma folha de sabor levemente azedo.

Do restaurante, são apenas poucos passos até pisar na Praia de Caburé, uma faixa de areia larga e deserta, que segue assim por 25 km até o Delta do Parnaíba, maravilha que o Maranhão divide com o Piauí. Melhor do que caminhar na praia é alugar um quadriciclo (R$ 50 por meia hora) e ir até a desembocadura do Rio Preguiças.

Para ter um panorama completo e emocionante dos passeios aos Lençóis, dos vôos panorâmicos em aviões monomotores é possível ter uma idéia clara da dimensão grandiosa da mais impressionante das paisagens brasileiras. 

O “lado B” dos Lençóis Maranhenses
Os ecoturistas mais aventureiros podem explorar a parte menos conhecida dos Lençóis Maranhenses se optarem pela hospedagem em dois locais: na Vila de Atins, que fica ao lado da foz do Rio Preguiças, e na cidade de Santo Amaro do Maranhão, do lado oeste do parque nacional. Os dois vilarejos servem como pontos de partida para visitar paisagens muito pouco conhecidas.

Para chegar a Atins, é preciso ir de barco desde Barreirinhas e lá contratar guias para fazer caminhadas com duração de uma a três horas até a Lagoa Tropical. No caminho, há uma parada para comer o “churrasco de camarão” no restaurante de dona Luzia.

Já para ir a Santo Amaro do Maranhão, que está a 96 km de Barreirinhas, há duas opções: contratar um jipe. Ou então, no melhor estilo mochileiro, pegar o ônibus regular Barreirinhas – São Luís, que faz uma parada no município de Sangue, e de lá seguir nos jipes de moradores para Santo Amaro. Os passeios em Santo Amaro levam às lagoas Emendadas e Gaivotas, que os nativos garantem ser a mais bela do parque.

Fonte: Viaje

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